Queria escrever um poema inacabado.
Por razão nenhuma,
apenas para não ter que o acabar.
Começar é fácil!
Qualquer ideia,
qualquer palavra,
qualquer assomo de sentimento
ou relance introspectivo,
acorda a inspiração
e abre o fluxo criativo.
Depois ....
depois é como esculpir a pedra bruta.
Desenha a ideia global,
Deixa correr a pena,
Tira daqui,
Lasca d’ali.
Raspa acolá e pronto,
vamos aos acabamentos.
A métrica não acerta,
o ritmo está frouxo,
a mensagem não está lá,
ou está demais!
Ah, coisas de somenos!
Teremos todo o poema
e todo o tempo do mundo
para emendar,
cortar,
alterar,
remendar.
Agora faltaria terminar,
Se não fosse um poema inacabado.
Novembro 2008
quinta-feira, 4 de junho de 2009
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