Chego
fechado na coragem do medo.
Construo
uma cerca de tradições.
Ergo
um muro de confusões.
Moro
n’ aldeia em plena cidade.
Gasto
a vida em terras alheias
de estranhos costumes
onde altos tapumes
escondem cadeias.
Emigro, imigro,
sonhos de estar e voltar.
Procuro
os amigos da terra
que a terra partilha
na solidão amarga
dispersa no nada.
Vem
gente do mar, gente da serra
gente das ilhas da maldição.
Troco
a saudade do nada que tinha,
mas sabia quem era!
Busco
o haver e esqueço o dever
de ser o que sou,
falsa quimera!
Perco-me
no meio, não sei onde estou.
Janeiro 2009
segunda-feira, 8 de junho de 2009
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