quarta-feira, 16 de março de 2011

MEIA VIDA

já passei o meio da vida

ontem,
vogava ao sabor dos ventos
e das vontades de forças
que não via nem percebia.
inelutáveis e insidiosas
traçavam-me rotas ambíguas
desenhadas por ambições
de juvenil afirmação
em que o hoje era o limite do futuro.

hoje,
navego as ondas do destino,
marcando o rumo
com o orgulho de quem colheu
o saber da experiência vivida
e pode, finalmente, pisar
os caminhos que quer trilhar
livre para poder escolher.

amanhã,
amanhã é dia de promessas,
todo o dia é ano novo,
vida que recomeça, nova,
como se a vida renascesse sempre
a partir do dia seguinte
prometo viver cada dia
como se não houvesse amanhã

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