Decidi fazer uma promessa.
Promessa a sério,
sem desculpas nem desvios,
d’antes quebrar que torcer.
Não, não é nada dessas promessas comuns,
próprias de gente pequena, …
não comer, não beber, não jogar,
dar esmola ao pobre, não faltar à missa,
não dizer palavrão nem ofender o patrão.
Nada disso!
Prometi não morrer.
Sim, não morrer, que é que tem demais?
Há muita gente que não morre!
Não, não é dessa coisa figurativa de Camões,
de se libertar da lei da morte
através de obras e feitos e mais não sei quê!.
A minha é mesmo de ficar vivo!
Falar, escrever, respirar,
Ensinar e aprender os mistérios da lua e do sol,
Beber, comer, contemplar
o céu, a terra e o mar
e ver os filhos crescer
e ensinar os netos a pintar
os primeiros desenhos da mãe e do pai
e adormecer e sonhar e sonhar
e sonhar
e sonhar
Dezembro 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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