O percurso,
que parece longo e extenuante,
não dura mais que um bater de asas de libelinha.
Nascemos
e logo crescemos, correndo
para uma vida que não pedimos nem agradecemos.
Vivemos
e queremos tudo hoje, às mãos cheias,
que o amanhã é futuro pretérito e o tempo não se conta.
Distraídos,
o corpo vai amadurando, como fruta
que quer voltar à terra, a saudade da terra vai crescendo.
Atentamos,
de repente, que o caminho se encurta
e os olhos baços se confundem nos passos trôpegos.
Esquecemos
o que somos e vivemos o que fomos
em flashbacks recorrentes que antecipam a despedida.
Morremos
sem um adeus à vida que não pedimos.
Novembro 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
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