meu país é colo de mulher,
velha e seca.
meu país é oliveira milenar,
oca e estéril.
meu país é bicho cru e vil,
devorador de crias.
meu país é língua morta,
memória de verbo.
meu país é escárnio de cantiga,
fado adiado.
meu país é corpo amortalhado,
esvaído em vida.
oh meu país, pai, oceano!
oh meu país que sou eu!
Novembro 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
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