Foge, meu amor, foge
que te querem dominar
Não deixes, meu amor, não deixes
que te cortem as asas
para que não possas voar
Foge , meu amor, foge
que te querem possuir
Não deixes, meu amor, não deixes
que te ponham grilhetas d’ouro
com que te querem prender
Foge, meu amor, foge
que te querem corromper
Não deixes, meu amor, não deixes
que te ofereçam palácios reais
onde te querem fechar
Foge , meu amor, foge
que te querem amortalhar
Espera por mim, meu amor,
que da outra me vou separar,
prometo que a mato sem dor
para contigo me casar!
Tenho banca no Bulhão
e um T3 na Boavista
onde vais ganhar o pão
trabalhando de massagista.
Assim acaba esta história
Que começou trovadoresca,
Sem mistério nem glória
Em farsa, feia e burlesca.
Fevereiro 2010
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
PEÇO A PALAVRA
Se o mundo me desse a palavra,
que palavra teria eu para dizer ao mundo?
Falaria sobre o passado,
sublinhando as lições da história?
Falaria sobre o presente,
exaltando as conquistas da humanidade?
Ou falaria sobre o futuro,
prometendo sonhos e garantindo esperanças?
Diria a doce mentira que querem dita
ou a verdade que se evita porque morde
as consciências de todos e cada um?
Poderia dizer um poema que falasse de amor,
construir um Peter Pan em papier-maché,
cantar uma canção da Piaf
ou dançar aos saltinhos como os irlandeses….
Mas não, acho que não diria nada.
Assim como nunca nada aprendi
de tudo o que o mundo me quis ensinar,
como posso pretender ensinar ao mundo
tudo o que nunca quis aprender?
Não, acho que não diria nada.
Fevereiro 2010
que palavra teria eu para dizer ao mundo?
Falaria sobre o passado,
sublinhando as lições da história?
Falaria sobre o presente,
exaltando as conquistas da humanidade?
Ou falaria sobre o futuro,
prometendo sonhos e garantindo esperanças?
Diria a doce mentira que querem dita
ou a verdade que se evita porque morde
as consciências de todos e cada um?
Poderia dizer um poema que falasse de amor,
construir um Peter Pan em papier-maché,
cantar uma canção da Piaf
ou dançar aos saltinhos como os irlandeses….
Mas não, acho que não diria nada.
Assim como nunca nada aprendi
de tudo o que o mundo me quis ensinar,
como posso pretender ensinar ao mundo
tudo o que nunca quis aprender?
Não, acho que não diria nada.
Fevereiro 2010
Assinar:
Postagens (Atom)